“The Witcher“, nova série em live-action estrelada por Henry Cavill na Netflix, é baseada nas obras literárias do autor polonês Andrzej Sapkowski.
Witchers, ou bruxos, são mutantes: seres humanos que, após uma transformação, se tornam dotados de longa vida e habilidades físicas e mentais sobre-humanas, podendo até mesmo lidar com magia. Considerados monstros pela população em geral, são discriminados e temidos, fato que fornece interessante oportunidade narrativa para se discutir xenofobia, principalmente quando os preconceituosos precisam lidar com sua hipocrisia e contratar os serviços de um bruxo para que ele elimine alguma perigosa ameaça na região, geralmente na forma de criaturas baseadas no folclore polonês.
A discussão sobre do que é realmente feito um monstro está presente na série, e funciona em momentos como o do primeiro episódio, quando o protagonista Geralt de Rivia é literalmente apedrejado e se recusa a revidar para que seus agressores não estejam certos sobre ele. A interpretação de Cavill enriquece este elemento, com seu semblante fechado e exausto por viver novamente aquilo pelo qual já passou inúmeras vezes, ostentando grande quantidade de cicatrizes físicas que espelham as psicológicas.
A série estreiou em dezembro na plataforma e foi logo apontada pelos fãs como uma substituta de Game of Thrones, devido a estética da história.
A segunda temporada de The Witcher está atualmente em pré-produção, com as filmagens programadas para começar no próximo mês. Por enquanto, a Netflix não está divulgando uma data de lançamento, o que significa que os usuários do streaming que rapidamente se interessaram pelo programa podem esperar um pouco antes de ver Geralt, Yennefer e o restante do elenco de novo.
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