Desde julho deste ano, nos Estados Unidos, já foram registrados mais de 450 casos de uma doença pulmonar associados ao uso de cigarros eletrônicos, que resultaram em seis mortes. Os agentes causadores da doença, no entanto, ainda são não foram descobertos e geram debate entre especialistas.
Especialista em tabagismo, o pneumologista Aldo Agra, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), afirma que há poucos dados sobre a doença pulmonar que tem atingido os norte-americanos. "Está tudo sendo investigado. O cigarro eletrônico é uma coisa extremamente nova e no Brasil sua venda é proibida."
O pneumologista afirma que a decisão dos médicos brasileiros é de não indicar o uso de vaporizadores para ajudar os fumantes a deixar o tabaco, como forma de redução de danos.
"As duas coisas são ruins. Cigarro eletrônico tem substâncias cancerígenas no meio. E quem os fuma fuma até mais que um fumante de tabaco. Quem usa vaporizador continua exposto à nicotina, continua viciado e este não é um meio isento de riscos. A pessoa tem é de parar de fumar", afirma Aldo Agra.
Os Estados Unidos têm reprimido o uso dos cigarros eletrônicos entre os jovens desde o ano passado. A FDA (agência federal do departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA) emitiu mais de 8.600 cartas de advertência e mais de 1.000 multas para lojas online e físicas pela venda de produtos relacionados a cigarros eletrônicos para menores de idade.
Em frente a toda essa polêmica gerada pelos cigarros eletrônicos, outros mercados estão proibindo o uso dos dispositivos, como por exemplo a Índia. Estão proibidos a produção, venda, importação e publicidade de produtos relacionados aos vapes, os cigarros eletrônicos, como parte de uma iniciativa para impedir o "impacto dos cigarros eletrônicos na juventude", disse a ministra da Economia do país, Nirmala Sitharaman. Os infratores podem pegar pena de até três anos de prisão e receber uma multa de até US$ 7.000, informou o governo.
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