O documentário da Netflix afirma que o atleta do New England Patriots era homossexual e que sofria de encefalopatia traumática crônica
Os detalhes do julgamento do ex-atleta de futebol americano da NFL, Aaron Hernandez, foram bem documentados, mas desde então uma dúvida permanece na cabeça de muitos: o que motivou Hernandez a puxar o gatilho?
Para tentar responder a essa pergunta, a Netflix lançou o documentário "A mente do assassino: Aaron Hernandez" , que aborda como a homossexualidade, a encefalopatia traumática crônica e a cultura do futebol foram os responsáveis por sua derrota nos tribunais.
Entenda o caso
No dia 17 de junho de 2014, Hernandez e dois associados, Ernest Wallace e Carlos Ortiz, levaram Odin Lloyd, o então namorado da cunhada de Hernandez, para um parque industrial perto da casa do atleta e o mataram.
Aaron Hernandez foi condenado por assassinato em primeiro grau e sentenciado a prisão perpétua sem possibilidade de fiança.
A polícia disse então que Hernandez orquestrou a execução de Lloyd com a ajuda dos cúmplices pois estava chateado que a vítima havia conversado com pessoas que ele não gostava em um bar de Boston.
O caso chocou fãs de futebol americano por todo os Estados Unidos e chamou a atenção da mídia internacional. Hernandez era um atleta promissor que tinha acabado de assinar um contrato de 40 milhões de dólares com seu time, o New England Patriots.
A dúvida permanece
Então como um atleta em ascensão de repente joga tudo para o alto? A Netflix oferece algumas possibilidades para essa questão como a sexualidade de Hernandez, os abusos que sofreu na infância, o uso de drogas, as contusões resultantes do futebol americano entre outros.
Apesar da Netflix expor que as circunstâncias do crime são complexas, o documentário tenta explicar como cada uma dessas razões pode ter levado o atleta ao extremo, deixando para o telespectador dar seu veredicto final.
"A mente do assassino: Aaron Hernandez" está disponível na plataforma de streaming da Netflix.
Saiba mais
Uma das razões citadas pelo documentário pelo possível desequilíbrio do atleta é a encefalopatia traumática crônica. A doença foi identificada em jogadores de futebol americano pelo médico Bennet Omalu em 2002, após diversos jogadores da NFL apresentarem sintomas similares.
Encefalopatia Traumática Crônica é uma doença neurodegenerativa progressiva, causada por repetidos golpes na cabeça. Esta é caracterizada clinicamente por declínio cognitivo, alterações de comportamento, problemas de memória e sinais parkinsonianos do tipo de tremores, falta de coordenação e problemas com a fala. Pacientes diagnosticados com esta enfermidade também estão propensos a irritabilidade e violência.
A descoberta do Dr. Omalu foi documentada em um filme com Will Smith, o Um Homem entre Gigantes, também disponível na Netflix.