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  • Foto do escritorAmanda Dumont

A Rede de Alice

Livro de Kate Quinn relembra famosa rede de espiões da 1a Guerra Mundial e mistura romance com realidade



A Rede de Alice começa em 1947 e nos apresenta a Charlie St. Clair, uma jovem americana em busca de sua prima desaparecida durante a invasão nazista na França. A busca de Charlie a leva ao encontro de Eve Gardiner, uma mulher amarga, mas com contatos o suficiente através da Europa para ajudar na busca por Rose.


Após o encontro dessas duas personagens, o livro começa a alternar os capítulos entre Charlie e Eve: Charlie narrando no presente em 1947, e Eve narrando no passado em 1915.


Aos poucos vamos conhecendo a história dessa mulher amarga e qual foi sua participação na Rede de Alice durante a Primeira Guerra Mundial.


A Rede de Alice foi um grupo de espiões que realmente existiu e achei fascinante a autora mesclar realidade com ficção, deixando o leitor curioso para entender o que é verdade ou não.


O romance foi indicado para os prêmios Goodreads Choice Awards Best Historical Fiction, Audie Award for Best Female Narrator e recebeu boas críticas ao redor do mundo.


História real


O livro mescla personagens fictícios com personalidades histórias e uma das mais notáveis é Alice Dubois ou simplesmente Louise de Bettignies.


Louise era de uma família nobre da França e durante a primeira guerra mundial decidiu ter uma participação mais ativa contra os inimigos. Devido a sua habilidade de falar francês, inglês, alemão e italiano, ela administrou uma vasta rede de inteligência de sua casa no norte da França em nome do exército britânico e do serviço de inteligência do MI6 sob o pseudônimo de Alice Dubois. Essa rede forneceu informações importantes aos britânicos por meio da Bélgica ocupada e da Holanda. Estima-se que a rede tenha salvado a vida de mais de mil soldados britânicos durante os 9 meses de operação total de janeiro a setembro de 1915. A rede de Alice tinha cem pessoas, espalhadas por quarenta quilômetros a oeste e leste de Lille. Louise foi tão eficaz que foi apelidada por seus superiores ingleses de "rainha dos espiões". Ela contrabandeou homens para a Inglaterra, forneceu informações valiosas para o Serviço de Inteligência e preparou para seus superiores em Londres um mapa em grade da região ao redor de Lille.


Louise foi presa pelos alemães em 20 de outubro de 1915 perto de Tournai e foi condenada ao trabalho forçado perpétuo em 16 de março de 1916 em Bruxelas. Depois de ficar detida por três anos, ela morreu em 27 de setembro de 1918 como resultado de abcessos pleurais mal operados no Hospital St. Mary em Colônia. Seu corpo foi repatriado em 21 de fevereiro de 1920. Em 16 de março de 1920, um funeral foi realizado em Lille, no qual ela foi postumamente condecorada com a Cruz da Legião de Honra, a Croix de guerre 1914-1918 com palma e a Medalha Militar Britânica, e nomeada Oficial da Ordem do Império Britânico. Seu corpo está enterrado no cemitério de Saint-Amand-les-Eaux.

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