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  • Foto do escritorAmanda Dumont

A história que podemos perder com uma guerra no Irã

O Irã é um dos países do Oriente Médio com maior número de patrimônios históricos da humanidade


Embora a chance de uma guerra entre os Estados Unidos e o Irã ter diminuído e parecer cada vez mais improvável, as tensões entre os dois países continua crescendo.


Após a resposta bélica contra as bases norte-americanas em Israel, no dia 08/01, o Irã continua mostrando que não vai esquecer facilmente o ataque ao comandante militar iraniano Qasem Soleimani, morto em uma operação com drone americano em Bagdá, em 3 de janeiro.


Donald Trump, presidente norte-americano reagiu com veemência e ameaçou atacar os tesouros culturais do Irã.


Controvérsia


O Irã é um dos países do Oriente Médio com maior número de locais classificados como Patrimônio Mundial pela UNESCO, e caso um conflito bélico ou nuclear aconteça no país, diversos monumentos estarão em risco.


Veja abaixo a lista de alguns deles.


Persépolis


Persépolis foi uma das cidades mais importantes do Império Aquemênida. Era muito visitada, principalmente na primavera. Sua construção, foi iniciada por Dario I, continuou ao longo de dois séculos com seus filhos e descendentes. Até que em  330 a.C., Alexandre Magno, ocupou e saqueou Persépolis, incendiando o palácio de Xerxes, para simbolizar o fim da guerra vingativa pan-helênica contra os persas.




Pasárgada


Pasárgada era uma cidade da antiga Pérsia, hoje é um sítio arqueológico na província de Fars. Foi a primeira capital da Pérsia, durante o imprério Aqueménida. No tempo de Ciro, o grande existiu e coexistiu com as demais capitais do império, visto que era costume persa manter várias capitais, em função da vastidão de seu império.

A construção de Pasárgada foi iniciada por Ciro II, e foi mantida inacabada devido à morte de Ciro em batalha.


O monumento mais importante de Pasárgada é a tumba de Ciro, o Grande. Possui seis largos degraus que conduzem ao sepulcro, cuja câmara mede 3,17 m de comprimento, 2,11 m de largura, e 2,11 m de altura, e possui uma entrada estreita e baixa. Apesar de não haver evidências fortes identificando a tumba como a de Ciro, os historiadores gregos dizem que Alexandre, o Grande acreditava que era. A história afirma que Alexandre ordenou que um de seus guerreiros, entrasse na tumba. Ao entrar, ele encontrou uma cama dourada, uma mesa arrumada com copos, um caixão dourado e alguns ornamentos enfeitados com pedras preciosas.



Cidade antiga de Yazd


Em Yazd, as construções feitas de terra e lama resistem a séculos dos ataques de humanos e da natureza. A antiga cidade de Yazd é um labirinto de ruelas e casas de barro, adaptado ao deserto do Irã. Uma mesquita, considerada a primeira do país, tem aproximadamente 1300 anos.


Segundo destacou a Unesco, Yazd “é um testemunho vivo do uso de recursos limitados para garantir a vida no deserto “e, além disso, “escapou das tendências da modernização que destruíram várias cidades tradicionais do mundo”.




Deserto de Lut


Deserto de Lute é um grande deserto de sal e é o 25º maior deserto no mundo. Suas temperaturas já chegaram a 70°C.  Entre junho a setembro, esse deserto árido subtropical é varrido por fortes ventos que transportam sedimentos e causam erosão eólica em escala colossal. Devido a esses ventos a região apresenta alguns dos exemplos mais espetaculares de cumes corrugados maciços, além de enormes campos de dunas e extensas áreas pedregosas.


O deserto de Lut é um dos poucos lugares terrestres que apresentam um processo geológico em curso.



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